A doce volúpia,
acordou os meus lábios,
assim que eles tocaram os teus,
molharam olhos meus...
Beijos sussurrados no olhar,
deslizaram corpo fora,
dedos grávidos,
desarmaram a timidez,
mandaram a lucidez embora,
nos gemidos... ávidos...
Acordaram a pele com um beijo,
na vontade aquecida,
inflamaram a língua com o desejo,
na doce mordida...
Dedos insaciáveis,
mãos ardentes,
murmuram vontades,
em bocas quentes...
Escorrem... Mordem...
Penetram... Estremecem...
Em cada subida,
no vai vem da mordida...
Misturam sabores,
doces, salgados,
em corpos suados, numa arritmia...
Quem diria?
Que a lava do desejo começou num doce beijo,
o corpo afogou,
e num trago a alma arrebatou...