Devaneios

Quando penso em você percebo a

felicidade que se dispersa entre nós dois.

A distância que hoje se faz presente

denota toda uma história de recusas

e não aceitação do amor que

tento dar a você.

Tenho decidido inúmeras vezes parar

o meu tempo em relação a

você e não consigo.

Sinto uma necessidade vicinal de

estar com você e não posso.

Sucedem-se os dias que lentamente

se transformam em semanas na

armadilha de nossas vidas sem tempo.

Meu coração chora um pranto dolorido

e a memória filtra sua imagem em mim.

Nada consola uma alma sem

par e um corpo sem carinho.

Melhor seria fazer da saudade um

remédio, um antídoto para

o veneno que é você.

Bom seria saber que no final de

uma bela tarde de outono e começo

de uma noite poética eu teria

a certeza de ver você.

Sair para distrair a nostalgia e

acalentar o amor que brotou em

meu peito sem pedir permissão.

Mas não tenho a tarde e a noite

que me resta torna sombrio o

brilho de um olhar outrora feliz.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 24/06/2009
Código do texto: T1665490
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