Devaneios
Quando penso em você percebo a
felicidade que se dispersa entre nós dois.
A distância que hoje se faz presente
denota toda uma história de recusas
e não aceitação do amor que
tento dar a você.
Tenho decidido inúmeras vezes parar
o meu tempo em relação a
você e não consigo.
Sinto uma necessidade vicinal de
estar com você e não posso.
Sucedem-se os dias que lentamente
se transformam em semanas na
armadilha de nossas vidas sem tempo.
Meu coração chora um pranto dolorido
e a memória filtra sua imagem em mim.
Nada consola uma alma sem
par e um corpo sem carinho.
Melhor seria fazer da saudade um
remédio, um antídoto para
o veneno que é você.
Bom seria saber que no final de
uma bela tarde de outono e começo
de uma noite poética eu teria
a certeza de ver você.
Sair para distrair a nostalgia e
acalentar o amor que brotou em
meu peito sem pedir permissão.
Mas não tenho a tarde e a noite
que me resta torna sombrio o
brilho de um olhar outrora feliz.