Norma secreta

O meu amor, eu sei, é uma velha
Canção nos teus ouvidos,
Talvez até cansado de ouvi-la já estejas.

Peço-te perdão por insistir neste tema
Que a muitos envaidece, mas se esquecem
De praticá-lo ao seu semelhante.

Se falo do amor divino, sinto-me um menino
Diante de ti, se falo do amor carnal torno-me
Um animal diante de tua beleza; se falo do amor
Fraterno sinto o calor do verão no inverno.

Então o globalizo para que todos dele possam
Aproveitar um pouquinho, construir seu ninho
De fraternidade, sentir-se de verdade próximo
Do céu e distante da mais tenebrosa maldade.

Então ficamos assim: falaremos e ouviremos
O amor em todas as suas formas, em todas
As suas dimensões como norma secreta da vida.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 24/06/2009
Reeditado em 24/06/2009
Código do texto: T1664696
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