Desesperança não
Por não poder viver sempre na desesperança sem amor
Transformou-a em escultura e deu-lhe um lugar
Sigiloso, onde ao espirito da tua honradez particular
Deixasse de presenciá-la como um hino de louvor.
Tanta precaução fez-se em teus desvelados pensamentos
Para não exibi-la à todas as pessoas, que não a desejavam
Que com devoção excessiva, tornaram-lhe sempre em vão
Sem solução, separados de todos e quaisquer sentimentos
Porém era tão grande o teu triste apego em relação a ela
Tão grande a excessiva repulsa de ter que conviver e aturá-la,
Que em cólera , explicou-se: - qualquer dia eu mato-a.
E foi deste modo que felicíssimo como o sol da manhã
Depois de uma noite tenebrosa subiu até o triste lugar dantes
E abriu as comportas do teu coração à escultura e com esperança
Pôs-se a caminhar.