Amar de novo...

Antes de conhecê-la

não sabia diferenciar

racionalmente,

entre imaginar amar e

amar.

Lastimar uma

paixão perdida não

mas

interiorizar num

amor original.

Com rara

intuição,

soube, com dificuldade,

tentar inverter

noção de amor.

Aquilo que às vezes

achamos ser,

nada tem de amor.

Distante da realidade

exatamente como em sonho

igualmente antagônico.

Certamente

retrair ou ignorar,

somente traria

insatisfação,

não adiantaria nada.

Livre, porém,

esse amor único, portanto,

irreal

nem tanto objurgado.

Até hoje

não pensava em viver

nova paixão, de repente

me vejo numa situação

em que não posso evitar,

independente de querer ou não,

apaixonar-me.

Concordava em repetir isso

somente

tendo uma idêntica noção

de um amor correspondido.

Longe da possibilidade única

de poder sentir,

interiormente,

nascer esse sentimento,

o amor.

Ah! Como tentei evitar

não por achar ridículo,

demasiado estranho,

raramente enamoraria intencionalmente,

antes evitaria.

Cortar esse sentimento

radicalmente

não seria interessante

somente traria

instabilidade e

nem o apagaria de vez.

Logo,

uma vez bastaria para

nunca quere de novo

implicaria, novamente,

outra vez sofrer.

Agora

não sei o que fazer.

Devo estar em um sonho.

Repete-se

a angustia em amar.

imaginário,

porém, autêntico.

Certamente, ridículo, isso sim,

seria tentar interromper e

nem querer vive-lo. Antes, pois

Lapidado e ubíquo em mim, esse

sentimento presunçoso e

insólito,

porém,

não omitido.