Anjo negro
Sandra M. Julio
Hoje sou um cansado anjo negro, vestido de dor,
Ouvindo, no silêncio, os ecos da tua ira.
Lágrimas amordaçam horizontes
Onde dúvidas ressoam hipotéticas verdades,
E o sentido das palavras se perde
Na nudez da minh’alma.
Na impaciência do tempo, como noturno ruído,
Dúvidas acordam pensamentos...
Interrogações se fazem súplicas
Quando a dor, sem fronteiras,
Fere o tímpano do infinito
Ausentando-me de mim.
Sandra
28/10/08