Certeza?

E vai se tornar...

Vai ser uma constante escrever

sem lembrar ou relembrar

do tal sentimento

que relampejava o peito

de raios e trovões de saudade

e fantasia.

De algumas poesias e palavras pra cá,

acho que percebi

que é impossível um romance

onde só uma pessoa ama.

E tudo aquilo que foi sentido,

vivido ou mal vivido se arrefeceu,

feneceu frente a tanto abandono,

niilismo que amargou

o bendito amor que eu sentia,

do jeito que eu sentia,

acho, quer dizer, tenho certeza que

o amor que eu tinha,

do jeito que eu tinha, vai se encerrar nestas linhas poucas

deste meu caderno de poesia.

A minha poesia que é a minha vida,

e não uma redoma que me prende.

Tanto sentir sozinho se tornou uma sombra

num lindo dia ensolarado,

sentimento condenado a vagar solitário em mim...

E chovem resquícios do que foi, do que fui,

do que é e do que sou...

Um passarinho querendo alçar vôo...

E eu posso deixar de cometer os mesmo erros.

mas não posso esquecer e arrancar da minha história

as coisas que aconteceram,

digo à coisificação dos fatos: vocês venceram...

Os diálogos se tornaram esparsos...

E sobrará uma amizade sincera

que reverbera e eu não vou mais chorar.

Como disse Kant: " Um amigo é uma espécie de eternidade."

Eu me pergunto, o que é eterno?

Queria as respostas bem fáceis,

bem ao alcance das mãos,

como pacotes quaisquer

que compramos nas prateleiras dos supermercados...

Sandra Vaz de Faria
Enviado por Sandra Vaz de Faria em 22/06/2009
Código do texto: T1661383
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