Certeza?
E vai se tornar...
Vai ser uma constante escrever
sem lembrar ou relembrar
do tal sentimento
que relampejava o peito
de raios e trovões de saudade
e fantasia.
De algumas poesias e palavras pra cá,
acho que percebi
que é impossível um romance
onde só uma pessoa ama.
E tudo aquilo que foi sentido,
vivido ou mal vivido se arrefeceu,
feneceu frente a tanto abandono,
niilismo que amargou
o bendito amor que eu sentia,
do jeito que eu sentia,
acho, quer dizer, tenho certeza que
o amor que eu tinha,
do jeito que eu tinha, vai se encerrar nestas linhas poucas
deste meu caderno de poesia.
A minha poesia que é a minha vida,
e não uma redoma que me prende.
Tanto sentir sozinho se tornou uma sombra
num lindo dia ensolarado,
sentimento condenado a vagar solitário em mim...
E chovem resquícios do que foi, do que fui,
do que é e do que sou...
Um passarinho querendo alçar vôo...
E eu posso deixar de cometer os mesmo erros.
mas não posso esquecer e arrancar da minha história
as coisas que aconteceram,
digo à coisificação dos fatos: vocês venceram...
Os diálogos se tornaram esparsos...
E sobrará uma amizade sincera
que reverbera e eu não vou mais chorar.
Como disse Kant: " Um amigo é uma espécie de eternidade."
Eu me pergunto, o que é eterno?
Queria as respostas bem fáceis,
bem ao alcance das mãos,
como pacotes quaisquer
que compramos nas prateleiras dos supermercados...