Letras 0675 - Solidão
No mar que extravaso sou destino,
jogando com o sonho imperfeito,
batendo nas portas erradas,
mostrando-me impotente de amar.
Sou rosto de homem e mais nada,
carrego vida fria e vazia,
não me querem, vou embora,
sigo mar, adentro ondas frias de noites.
Não quero vingança,
sou brisa de uma manhã deserta,
imperfeito a cada café da manhã,
sentindo palavras geladas pelo corpo.
Ouço gritos noutra revolta de solidão,
quero e vingo do meu corpo,
separo sonhos e roupas velhas,
jogo-os ao mar e volto solidão.
21/06/2009