CALMARIA

Quando olho nos teus olhos

e somente quando olho nos teus olhos,

posso pressentir o meu fim,

e a minha redenção,

como se o mar

estivesse prestes a me engolir em suas tormentas

e arrastar meu corpo,

minhas asas

e meus moinhos de vento,

para longe,

bem longe de tudo

e de todos,

para um lugar

onde não restasse mais nada

a não ser,

o suave afago da brisa

nas velas e suas embarcações,

sob a azulada cumplicidade

de um tranquilíssimo entardecer ...

Marcelo Roque
Enviado por Marcelo Roque em 21/06/2009
Reeditado em 28/08/2011
Código do texto: T1659759