BOTÃO DE ROSA
Prenúncio de um delírio que desperta,
Pois pequeno parece até criança,
Querendo sorrir mostrando sua graça,
Perfumado, extasiante, só beleza,
Que mostra mesmo estando condensado,
E suas formas são graciosas até em sono.
Vai abrindo aos poucos suas pétalas,
Preguiçosas, não querendo acordar,
Vaidades escondidas que não mostra,
Até receber salpicos da água generosa,
Que aos poucos desperta sua sonolência,
E se abre num encanto mostrando graça.
É dos enamorados símbolo pressuroso,
Pois de pequeno, fechado, quase um mito,
Explode encantos espalhando seus perfumes,
E os contemplativos que amam por verdades,
Recebem como um mimo cativante,
E a mulher se mostra fascinada nas vaidades.
Não escolhe cantos para espalhar sua beleza,
Basta regar para que não morra desnutrido,
Na terra ressequida sedenta de água,
Que a chuva ausente muitas vezes passa ao largo,
Mas se um pingo generoso caí das nuvens,
Ressurge da letargia e desperta para ter vida.
Presente que a natureza oferece em abundância,
Só precisa ser regado para não perder sua beleza,
Parecendo criança quando nasce em seu caule,
E aí o botão de rosa que se fecha em sutilezas,
Mostra vaidades qual linda moça despertando,
Numa rosa de encantos toda perfumada e graciosa.
Jairo Valio
20-06-2009