O absolvido
O absolvido
Oh minha amada em teus eternos braços chorei,
nas noites mais difíceis de minha vida.
Serei imortalmente teu súdito, querida.
Viverei entre rapinas, mas amor vós darei.
Não a magoarei, prometo, injusto não serei.
Estou ressurgindo da cinza, pra vida.
Venho-me, ajoelhar-me, perdoar-me querida.
Fui humilhado, crucificado, entenderei.
Não posso cair-me em tentação do pecado,
o desespero, a angústia é maligna.
Fui dentre poucos escolhido, contemplado.
Deus livrou-me de meu mal, fui lisonjeado,
Fui perdoado, não serei mais clandestino,
Meu perdão será o princípio do obstinado.