CONCLUSÃO
Meu primitivismo é de um barro escarlate
De mansa consistência que se altera
Nas elevações de mim - mulher.
Sou este quadro:
De uma inércia agravante e sem diagnóstico
E o caos que se me habita
Nada tem de pontual
E me cerca me envolve e me carece
Meus olhos têm a cor do impossível
E lambem o sal de sua testa
Com raios que farejam
Sou esse cheiro esse tato
Essa luz que brilha sem porquê
O som que ultrapassa o mundo
E o descobre num coro de aflitos
O seu mel me sustenta
Através ou a partir de nós sozinhos
E sem mistérios.