Frestas
Frestas
Da parede de madeira.
De mim pensando em você.
Da cesta de palha.
Do escuro entre o tudo o nada.
Entre o presente e o futuro
Vejo o passado latente
Do presente e do ausente.
Entre o copo e o conteúdo.
Entre o sol e a lua.
Entre a boca e a língua.
Entre a dor e a íngua.
Há uma fresta aparente.
Sol, chuva, poeira, luz.
Ofusca a visão a frente.
Não há mais festa
Há uma fresta continental entre a gente.