Amor e alma
Quando olho para você mergulho em
minha alma de profusão ardente e sensível.
Esqueço o tempo que se faz presente no
momento imaginário e me faço construção
sólida de um sentimento absurdo e doido.
Para que a emoção traduza em versos
belos as palavras que se calam em minha
garganta estou delineando o sentido
inexato do amor.
Lembro-me de deuses no que sei de
Eros e Psiquê, o amor e a alma
em profunda comunhão.
E a alma resvala para o abismo
da solidão que sinto, descontente com os
caminhos a seguir.
Sou prisioneira do corpo que reage
aos estímulos da alma na visão
do objeto de desejo.
Refúgio-me inerte banhada por
lágrimas que brilham em meus
olhos refletindo a sofrida partida
de um dia sem fim.
Quisera ser flor ao início da
primavera e tornar-me semente de
fruto doce e suculento que
espalha sabores em minha língua.
Finalizo estas linhas confessando
o segredo do amor que vem
inserido na alma.
E não posso...
E não devo...