Perdido verbo, jogado ao léu...
Sandra M. Julio
Bebo do fel, rubro vinho...
Chora o pinho, negro ciúme,
Cume d’uma alma pequena
Pena voando sem direção...
Perdão? Pra que?
O que importa minha tola razão,
Teu coração, de tudo sabe...
Nada cabe, nem meu explícito pedido,
Perdido verbo, jogado ao léu...
Teu céu, é de outras estrelas,
Delas, não conheço o luzir...
Resta-me ir, vagando pensamentos
Prantos e dores, desta maldita inveja.
Ora veja, sabes tudo, doutora...
Devora agora, na tua sozinhez,
A avidez, dos impensados atos,
Fatos incontestes da ignorância,
Exuberância da tu'alma mesquinha.
Sozinha, choro sim, pranto calado,
Magoado, porém silente aos teus olhos
Soberbos e orgulhosos...
O travesseiro do tempo secará esta dor,
Na cor dos sonhos, que desabrocharão
Soluçando matizes d’uma oração.
Sandra
09/09/07