SE NÃO VIER O AMANHÃ
 
Dá-me um pouco do seu calor,
finja que nada mudou...
Que a ternura fale em nosso olhar
e possa ler nos meus, o meu amor!
 
Hoje não quero beijar retratos,
fica apenas mais alguns instantes
e suga minha dor com a boca,
esqueça o romper dos contratos...
 
Deixa minha mão acariciar seu rosto,
tocar sua pele, despir seu corpo...
E no afã desta paixão eterna,
desafogar saudades e desgosto...
 
Permita-me livrar sonhos guardados
neste tempo silente de sal e solidão,
sussurra palavras de carinho
e que a alma o tom mantenha eternizado!
 
Me ama como nunca fui amada,
guarda um pouco de mim em sua vida!
Pois se num outro amanhã não mais vier,
minh'alma permanecerá terra fertilizada!
 
Assim, terei você sempre em mim,
sobreposto entre o meio do momento
onde a história nunca chega ao fim!!!
 
12/06/2006
 
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 18/06/2009
Reeditado em 30/10/2009
Código do texto: T1654715