A Ferro e Madeira

Mesmo para os trilhos que caminham paralelos

A perspectiva dá a chance de na do horizonte linha

Encontrarem-se no mesmo ponto que não caminha

O de fuga que une finalmente os divergentes e aninha

As diferenças e perpendicularismos dos dormentes

Que transformam em escada a estrada do Férreo-Amor

Escalera que nos faz subir sem a luta contra a gravidade

E resiste ao peso da locomotiva da vida, carregada de dor...

Como não há via férrea sem o paralelismos dos trilhos

Restam as chaves que nos desviam dos empecilhos

Evitando os choques e os terríveis descarrilamentos

Quando cochilam os controladores por momentos.

Podem os avisos ser feitos pelos velhos telegrafistas

Por vibrações celulares das cordas vocais em gritos

Ou por imediatos e estridentes sinais dos apitos

O importante é que os dois maquinistas contem com pistas

Que informem da localização de cada um dos trens

E no mundo das paisagens em movimento, os poréns

Se aliem às certezas e juntem as margens corrimãs

Do rio de ferro e madeira que corre para a última das manhãs.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 18/06/2009
Reeditado em 18/06/2009
Código do texto: T1654444
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