Futuro-Onipresente

“Se o tempo é variado como diz Osíris

Da vida do aquém;

Invento uma cor e um círculo-íris

Que ainda não tem

E no espectro vesgo do Sol dando a ré

Nascendo ao poente

No olho de Obama e não em Ramsés

Conjugo o futuro-onipresente

Que à noite renasce com o fórceps da fé

Para derribar-me a face

De bruxa-princesa e desafundar a Arca de Noé...

Por talvez, o tempo passasse

E a angústia medonha das voltas frenadas

Que não giram os ponteiros

Deitados no pó de apagadas estradas

Então eu teria os fios de Maria nos meus travesseiros.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 17/06/2009
Reeditado em 17/06/2009
Código do texto: T1653957
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