DESCE DO CÉU...

DESCE DO CÉU...

Desce do céu, minha rainha e vem,

Até ao inferno que minha alma tem;

Livra-a da sombra da noite escura!

Canta-me canções de embalar,

Que eu nunca mais quero acordar,

Deste sonho…nem busco a cura.

Que destino as Parcas me traçaram,

Que linhas sinuosas me marcaram,

Que não as posso ultrapassar?

Em que teia ou enredo me envolveram,

Em que prisão é que me prenderam,

Que não vem ninguém para me soltar?

Os deuses proibiram-me de te amar,

Mas esqueceram o remédio para curar,

As feridas que tenho no peito.

Não me deram força para te esquecer.

Apenas me deixaram papel para escrever,

Os reles poemas que te tenho feito.

Carlos

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 17/06/2009
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T1653825
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