ESPERANÇA

Esperança
Jorge Linhaça

Entre as sombras do cenáculo frio
A espera se prolonga cruel
No peito aquele gosto ruim de fel
A alma a arder no fogo do estio

Corre a saudade nas águas do rio
Veleja solta num negro batel
Colhendo estrelas perdidas no céu
Buscando o amor na ponta do fio

Cresce a esperança nas asas do vento
Inflando as velas de forma constante
Levando a barca rumo ao meu destino

Brota no peito a flor sentimento
Vejo a imagem do teu rosto amante
Eu argonauta ; tu, o velocino