Um meio de caminho
Sandra M. Julio
Ainda existe um meio de caminho, a ser desvendado...
Não o esqueça na memória do tempo, nem em versos jamais escritos.
Cuide do que é preciso, depois se faça mistério revelado,
Para que os sonhos galguem estrelas na mansuetude dos teus beijos.
Faremos de cada final um eterno começo, sem rotas
Entreabriremos portais em antigos horizontes,
Para numa manjedoura embalar nossos sonhos, presentes
Em cada primavera no esbater de cada flor, em sons sem notas.
Ainda existe um meio de caminho... Um violino adormecido,
Sussurros tecidos em ninhos, acordando amores em festa...
Um rio, um mar... Entre parcéis um desejo incontido,
Fantasia, loucura um arrebol sem aresta.
Renasce, revive, ressurge...
Ignora cores, dores, amores,
Se faz veneno, sereno.
Adormece em prece,
Conduz a luz...
Faz d’outrora, agora.
Pois ainda existe, um meio de caminho.
Sandra
22/04/07