Doce amor doce
Doce amor doce este nosso,
tão doce amor e não nos enjoa
que atrás de mais meu, tu me perdoas
antes mesmo de açucarar-te
Amarga espera esta minha,
entre espinhos de distância daninha
tão cheia de sal e magra de amor
que quando eu sinto dor, tu sorris
e quando tu te alegras, eu me sufoco
porque sei que entre nós dois rareiam ares de tudo.
Acre exala de mim o cheiro da saudade
e se algum frio te queima, é de vontade
de ter-me em teus braços assim bem vivo.
Salobro tempo que nos esconde da hora
e se tu não vens, eu não posso ir embora
mas postergo mil beijos e infinitos abraços
e o amor que eu sinto é maior que a saudade
e a vontade que escondes é maior que tua alma.
Inda não te provei todo sabor com o amor de meu corpo
nem te senti nos perfumes que lavro quase louco,
como sendo este homem da distância escravo
e do teu amor, um outro amor resignado.