NÃO VIVER
Viver de sonhos... viver de esperanças...
Um dia após o outro... esperando sua covardia...
Enquanto eu, largada num canto choro...
Por um amor que nem ao menos sei se existe...
Isto não é viver... é vegetar!
Quero um amor que me encante...
Um amor que me traga de volta
A alegria, a palavra doce do meu poetar...
Como numa janela, vejo a vida passar
E ela me acena a cada instante...
Eu... acostumada a sua própria covardia
Acabei me deixando acovardar!
Chega... quero agora uma decisão!
Ou tenho o seu amor inteiro somente meu
Ou enterro meus sentimentos,
Vivendo na vida intensos momentos...
Fazendo musos por onde passar!
Ou me revolto de vez...
Viro poeta revolução...
Falarei de política, de sociedade...
Talvez farei até crônicas de auto ajuda...
Só não quero mesmo viver nesse marasmo...
Sou vida.. quero vida...
Me faço agora rebeldia...
Enquanto espero sua decisão!
Mas não se demore...
A minha paciência é curta...
Luto sempre pelo meu querer...
Se hoje luto por você...
Amanhã posso te esquecer!
Santo André, 15.07.04 - 15:00 h