A sensibilidade que chora

Devo, uma vez mais, confessar um

sentimento que aflora em meu peito

e fere como um punhal o coração

que sangra.

Olhar você apetece meus sabores

e sentidos.

Me faz trancar a razão em lugar

desconhecido dando inspiração

à emoção que insiste em

ser dona de mim.

Fecho os olhos e seu sorriso de

menino desenha-se farto em

minha memória.

A mágoa de tempos passados reflete-se

em lágrimas que inundam

meus olhos e o pranto

derramado não me faz

desistir de você.

De tempos como esse de agora

muito bem sei, pois carrego feridas

não cicatrizadas.

Sou como o sol depois da

tempestade que chora sendo você.

Entrego-me sem limites à

paixão insensata que cerca e

aprisiona o sentimento.

Se me calo consinto...

Se parto, permaneço...

Se reajo estou em luta...

Se te amo, não aceito.

Talvez seja eu apenas a

sensibilidade que chora.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 16/06/2009
Código do texto: T1652010
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