A sensibilidade que chora
Devo, uma vez mais, confessar um
sentimento que aflora em meu peito
e fere como um punhal o coração
que sangra.
Olhar você apetece meus sabores
e sentidos.
Me faz trancar a razão em lugar
desconhecido dando inspiração
à emoção que insiste em
ser dona de mim.
Fecho os olhos e seu sorriso de
menino desenha-se farto em
minha memória.
A mágoa de tempos passados reflete-se
em lágrimas que inundam
meus olhos e o pranto
derramado não me faz
desistir de você.
De tempos como esse de agora
muito bem sei, pois carrego feridas
não cicatrizadas.
Sou como o sol depois da
tempestade que chora sendo você.
Entrego-me sem limites à
paixão insensata que cerca e
aprisiona o sentimento.
Se me calo consinto...
Se parto, permaneço...
Se reajo estou em luta...
Se te amo, não aceito.
Talvez seja eu apenas a
sensibilidade que chora.