Na lagoa de sua cama

Mulher, você mesma, quero olhar nos olhos teus

Ver tua mascara desfazendo-se, derretendo com teu rizo

Escorregando-te por entre nossos corpos, sem juizo

E na minha molecagem serei consagrado homem

Depois vai vir meu pranto sentado na cama

De motivos sublimes nesse mundo sem graça

A pancada, uma cachoeira sobre a cabeça

E vai chegar o dia da primavera passar

Sua beleza rejuvenecente a de adubar

Nosso corpo fértil...

E será novamente da nossa saliva, nossa ilusão

Assim no meio do nosso rizo, nossa falta de juizo

Quando sua mascara derreter e os labios relaxarem

Para dentro de tua pupila dilatada vou olhar novamente

Em meio a nossa orgia de amar, fatalmente vou perceber

Que não encontrei o amor

Don Dantexote
Enviado por Don Dantexote em 15/06/2009
Reeditado em 17/06/2009
Código do texto: T1650201