Na lagoa de sua cama
Mulher, você mesma, quero olhar nos olhos teus
Ver tua mascara desfazendo-se, derretendo com teu rizo
Escorregando-te por entre nossos corpos, sem juizo
E na minha molecagem serei consagrado homem
Depois vai vir meu pranto sentado na cama
De motivos sublimes nesse mundo sem graça
A pancada, uma cachoeira sobre a cabeça
E vai chegar o dia da primavera passar
Sua beleza rejuvenecente a de adubar
Nosso corpo fértil...
E será novamente da nossa saliva, nossa ilusão
Assim no meio do nosso rizo, nossa falta de juizo
Quando sua mascara derreter e os labios relaxarem
Para dentro de tua pupila dilatada vou olhar novamente
Em meio a nossa orgia de amar, fatalmente vou perceber
Que não encontrei o amor