«...un bene così vero...»

Verdade no Amor? Pode o Amor

Ser reduzido à verdade?

O abraço e o beijo e o tremor

E os desvendamentos da idade,

Ternuras, carícias e dor,

Báguas, trevas, claridade...

Cabem encerrados no primor

Da crua e nua verdade?

O Amor, como as águas,

Como a subtil humidade,

Transcende das mágoas,

Ultrapassa a sinceridade...

Culmina impreciso e prazeroso

Na delgada e sombriça perplexidade,

No destino trémulo e duvidoso

Da paixão e do cansaço e da bondade!