Diário de Bordo
Partida: quatorze de junho de dois mil e nove
Condições do tempo: noite de muito sol e chove
Tripulação: Uma Alma. Destino: O Caos
Objetivo da Missão: Encontrar origem dos maus.
Relatório: viagem transcorrendo conforme situação prevista
Aproximando do Big Bang e já encontrando as primeiras partículas
Das grandes mentiras e desculpas científicas ridículas
De que o Universo não começou a prazo e sim à vista
Ultrapassando agora a fronteira entre o tudo e o nada.
Não há nenhuma placa ordenando que se pare e identifique
Agora se vê que a escuridão vem de Almas ignorantes, penadas
Não há guardas de fronteira. Entrada sem nada que complique.
Agora sim, entrando no Caos. Tudo é lindamente desordenado
É a mais perfeita ordem que uma Alma poderia ter observado
Cada um é um e permanece único, mesmo em contato com os demais
Não há grades, nem muros, nem hábeas-Almas, tudo livre, inclusive os radicais.
O tempo não existe nem distância, mas foi identificada a saudade
O que leva a crer que os sentimentos devem vir de antes desta imagem.
Há muitos e enorme feixes energéticos combinando-se à vontade
Sem acusações de complô ou golpe. Até aqui, só boas novidades na viagem.
Ah! Ali estão os primeiros maldosos. Dá para ver que são porque, ao contato
Com as outras formas, saem maiores e menos transparentes. São os maus, de fato.
Não há dúvidas. Já começam o cerco. Se reúnem de quatro em quatro. Há quadrilhas
A missão terá que ser abortada, mas com feto vivo, descobrimos maus entre maravilhas.
Oh! Mas o que é aquilo? Não pode ser! No Caos não era para existir ordem alguma.
É uma Placa indicativa apontando o caminho para o inferno. Mas será possível? Aqui?
Mas que coisa mais doida! Não consigo acreditar no que sinto! No que ela encerra:
Não é que a tal placa vermelha aponta o inferno exatamente no sentido da terra?