De Flor em Flor...Dor e Amor
Nunca consegui compreender
Se os cemitérios guardam morte
Se são condomínio dos sem-sorte
Que perdem a corrida do viver
Ou se a estação onde se embarcará
Na “decomposição” que nos levará
Através das minúsculas vidas-feras
A outros destinos e novas quimeras
Eu, na verdade, nem me importo
Em saber o que são os campos-santos
Porque todos os dias eu me solto
E viajo pelos do universo cantos
Em busca de algumas mudas de flores
Diferentes das dos vasos deste lugar
Porque aqui as mesmas das vivas dores
São oferecidas mortas aos nossos Amores.