A outra Rita
De alma leve e indelével que
deseja tanto amar você.
Que se flagra distraída imitando
o seu sorriso, tentando ter o seu humor.
Se sente rejeitada, às vezes por nada.
E faz desse nada a tempestade
confusa que se transforma em tudo.
Edifica a sensibilidade à flor
de uma pele quase não tocada
buscando suas mãos, seu corpo.
Jura não mais amar você.
Tempera os desejos carnais com
a lembrança do beijo doce e o
caminho da língua explorando a boca,
molhando de saliva ousada cada detalhe.
Quebra promessas feitas ao dizer
que não pode esquecer você.
Que não compreende como um
homem maduro foge do destino
e do amor que insiste em procurar
morada em seu coração.
Escreve poemas em lindos versos brancos
colorindo as letras com as mais
diversas cores que lembram
a paixão que arde feito fogo.
A outra Rita talvez tenha sido
inventada no rascunho da
felicidade e do amor que
procura encontrar em você