Espelho d`água, a luz dos rochedos

Não acostumei com nada

Que venha de você, quem sabe por medo

Ou por preocupação. Quem sabe?

Eu sei, por amor.

Não me acostumei com as coisas que tu

Fazes por mim, Ainda não estou acostumado

Em ser amado, não estou acostumado

Acostumado a ser feliz.

É tão estranho amar e ser amado.

É tão estranho.

Não me acostumei com meu português

Polido pra você

Não me acostumei a modelar teu corpo

Não me acostumei a sentir teu cheiro

E ser acariciado, não .

Não me acostumei com pincéis, e tintas

E desenhos amassados

Não os jogue fora, e os quero pra mim

Não me acostumei com teu olhos castanhos

Não me acostumei com a tua respiração

Deixando minhas tardes mais agradáveis

E minha boca mais quente

E minha boca mais úmida

E minha boca calada

Não me acostumei a te chamar

Pelo apelido que te dei querida. E nem

Me acostumei a ficar na tua mão

Ou sob tuas ordens, mesmo que você não saiba

Não me acostumei ainda com nada

Que venha de você, quem sabe por segredo

Ou por pudor. Quem sabe por paixão?

Acho que é por amor, e quem sabe?

Eu sei.

(Se possível, comentem os poemas, pois eu fico impossibilitado de saber se as pessoas gostam, ou não. Por favor se puderem dizer pelo menos se gostaram, ou se o contrário aconteceu e fico grato.)