Janela dos enamorados
Eu tenho a noção de ter vivido
Entre a angústia e o tormento
Um grande amor sem amanhã
Meio incoerente em mente sã
Parecendo um amor de cortesã
Abraçada a um Quixote de divã
Naquela paixão do tipo proibido
Sou uma Dulcinéia toda oferecida
Ao embotar os meus sentidos
Entreguei-me à voluptuosidade
Deturpei os meus sentimentos
Pus-me de joelhos prostrada
Venha desvendar meus talentos
Seja um D. Juan a me explorar
Desencadeie os meus gemidos
Todos os meus sussurros e gritos
Tenho a vontade de ir toda nua
Estampar e gritar o amor na rua
E sair voando em tua direção
Braços, lábios, pele e coração
Apenas vestida pela luz da lua
Quero me entregar e ser só tua
Ir ao encontro desse amor objeto
Nada de acordo com meu intelecto
Ganhar ou perder minha razão
Seguir vivendo na maior emoção
E revelar-te o meu amor secreto
Antes que eu morra por completo.
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes