Mel

À minha doce amada,

De repente, tão breve se torna infinito

O gosto de seu amor, que abrasa e faz veneno,

Com tudo o coração que antes era pequeno

Encontra-se tão grande, tão forte e tão pleno!

De repente, tão breve se torna imortal

O fogo da paixão, que explode sem ruído,

Contudo, o coração que antes era perdido,

Esse agora que vai mas que não foi partido.

Mel, ontem e amanhã mas nada como hoje,

Esvazia do meu peito um grito alto de guerra

Libertando-me todo amor que nunca encerra.

Mel, ontem e amanhã mas nada como agora,

Em cada flor encontro um pouco do seu amor,

Lírios, camélias, rosas... E voa beija-flor...