FAZ DE CONTA
Hoje vamos fazer de conta que sou poeta,
Agora aqui a tristeza não entra.
Pois no mundo abriu-me uma janela,
E através dela,
Minha vida não é mais o que se aparenta.
E meu coração nunca fala,
Ao mínimo ruído ele se cala,
mas agora tudo mudou
Do meu quarto eu via que a vida passava
Tive sempre uma mão na mala
E agora uma raiz, chão adentro penetrou.
Meu coração se enveredava,
Sem saber onde estava
Sem saber pra onde ia.
E eu sem norte navegava,
Até sua chegada,
Sem saber que rumo tomaria.
E com seus olhos em minha alma,
Nem eu sei onde estava,
nem que vida levaria
Mas com o licor doce de suas palavras
Depois de sua semente em mim plantada
Não vou mais pelos rumos que iria.
J. EDUARDO VALERIO
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