FAZ DE CONTA

Hoje vamos fazer de conta que sou poeta,

Agora aqui a tristeza não entra.

Pois no mundo abriu-me uma janela,

E através dela,

Minha vida não é mais o que se aparenta.

E meu coração nunca fala,

Ao mínimo ruído ele se cala,

mas agora tudo mudou

Do meu quarto eu via que a vida passava

Tive sempre uma mão na mala

E agora uma raiz, chão adentro penetrou.

Meu coração se enveredava,

Sem saber onde estava

Sem saber pra onde ia.

E eu sem norte navegava,

Até sua chegada,

Sem saber que rumo tomaria.

E com seus olhos em minha alma,

Nem eu sei onde estava,

nem que vida levaria

Mas com o licor doce de suas palavras

Depois de sua semente em mim plantada

Não vou mais pelos rumos que iria.

J. EDUARDO VALERIO

www.poesiaempauta.fst.br

http://domalomisso.blogspot.com/

J Eduardo Valério
Enviado por J Eduardo Valério em 11/06/2009
Reeditado em 13/06/2009
Código do texto: T1644258