Estruturas de nossos corações
Não sei do que escrevo, tudo fica metodicamente lindo
Anseio não ser eu mais novamente
Uma maldição e uma dádiva
Transformar, renovar as vidas alheias
E perder-se nos lamentos do espírito mundano
Vozes ressoam tão felizes
Felizes por não saberem que são felizes
Mas sofro junto com seus corpos
A imaturidade evolutiva transparece em seus olhares
Sinto inveja, não , não , é pena mesmo
E uma certa vontade de não estar aqui
Desconfortavelmente vou ficando...
Ficando cada vez mais desconfortável
Talvez se os oráculos existissem ainda (se é que existiram)
Lhes formula-se estas questões:
Questões que acabo de esquecer
Propositalmente é claro
E um eclipse ( nunca soube a diferença por mais que estudasse , do lunar e do solar)
Que seja qualquer um afinal, venha e abale realmente as estruturas
Do Édem
De Acrópoles
Do Olimpo
E de nossos corações