Ópera ao Coração
Rubro chão
Por onde passas e te deixa exalar,
Minha guia de sentido duplo
Trazendo a canção,
Levando em tuas mãos
A rosa,
A ópera do coração!
Raras são águas
Que te regam e trazem
Pelo rastro do gameta,
Harmonizando atos,
Sincronizando fados,
Poetizando o desejo!
Rubro também
É cor de teus lábios
Que trouxeram o sabor das manhãs,
A tentação do anoitecer,
As melodias insanas
Fazendo das madrugas
Um recital de paixão!
Cristalinas são tuas águas
Escorrendo por cômodos e planícies
Deixando na boca unções sedutoras,
Esperanças migradoras
Que imprimem o amor
Em cada afago, em cada ardor!
Auber Fioravante Júnior
10/06/2009
Porto Alegre - RS