DA ÁGUA PRO VINHO
Quando do mar se fizer a terra,
E da brasa nascer a água,
E no céu surgir o negro,
E o doce na língua se amargar.
Aí então meu amor terá fim.
Mas se a chuva é de flores,
No pisar a lama sentindo nuvem.
Rasgarei os andores,
Para o tédio ter fim de escume.
É porque assim te amo, te amo mais que de costume.