DA ÁGUA PRO VINHO

Quando do mar se fizer a terra,

E da brasa nascer a água,

E no céu surgir o negro,

E o doce na língua se amargar.

Aí então meu amor terá fim.

Mas se a chuva é de flores,

No pisar a lama sentindo nuvem.

Rasgarei os andores,

Para o tédio ter fim de escume.

É porque assim te amo, te amo mais que de costume.

Renann Calazans
Enviado por Renann Calazans em 10/06/2009
Reeditado em 24/05/2016
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