AMOR SONHADO QUE NUNCA MORRE
Os sinos dobram
Nas dobras de teu queixo
E me dobro mole
Ao teu redobrado remelexo...
Pois quem me socorre?
Se as linhas do teu eixo
Em meus amores sempre morrem
Tal duas retas se encontrando
No infinito dos tecidos
Da tua levíssima saia rodada
Balouçando o mesmo tanto,
Do tanto que tu me boles?
Tu a rires,
Olhares de esquilo,
És perdição mesmo,
Poesia nas curvas
Das caminhos escuros, ermos...
Intrincada definição de convexo!
Tramada dos montes do plexo
Aos confins das pernas soberbas
Pois quem mesmo que me socorre?
Amor ideal,
Sonho que nunca morre,
Me acorde,
Me acuda,
Me console!