Vento... medos e Orquídeas

Às vezes chega não sei de onde, um vento frio soprando e levantando meus medos,

Levantando galhos secos... E paro estática, imóvel, indefesa diante dessa incerteza.

Atada a minha esperança, finco as raízes na terra tenra e firme do amor que sinto...

E o vento sopra, cantando uma canção antiga, tentando derrubar sonhos, então me fecho em copas e busco minhas forças.

E não mais me mato aos poucos na dor aguda que me gela a alma, mas me faço intima de minhas vontades com o calor de fevereiro.

E me levanto num repente e me defendo, girando acompanhado o vento, quebrando eu mesma os galhos secos do medo, espalhando sementes e nascendo orquídeas ,tão cheias de fevereiro, tão cheias de vida, carregadas de perfume, de vontades, de cores e de rastros... de passado, de procura e reencontro.

E o vento que veio não sei de onde, perdeu forças e ganhou perfume que carregou feito brisa não sei pra onde...

E se foi, me deixando inteira, mais inteira do que antes...