Festa rachada

Diz-se assim, Festa rachada,

Nesta Galiza dos nossos pecados

Aquela em que a alegria transborda

Sobre as inquietações da vida ordinária:

Hoje, amigas e amigos, ando

A navegar pelos mares dos meus sentires

Em festa rachada, sem freio,

Como cavalo por tempo prendido

Que, de repente libertado das ataduras

Às horas sossegadas da montanha,

Baixasse até às praias imensas

Beijadas pelo mar em que os mistérios

Como ninfas sedutoras vão e veem,

Vão e veem, vão e veem, vão e veem, vão...