ODE AO AMOR

No fantástico momento que avança...

Esmero na perfeição e na inocência.

O lírico ecoa suave e não se cansa...

De te louvar qual condescendência.

O fato encantado que se descortina...

Despe-se da maldade, e contracena.

Influente o galante, e louco na sina,

Personagem real, uma figura amena.

Redenção e inovação de um desejo...

Simples e santificado, dom invejado.

Força bendita do acaso, o benfazejo...

Instaura a paz num querer suplicado.

É mundano o tirano, e na dor insurge...

Pacato e travesso, quando invocado.

Inova a emoção, a felicidade ressurge...

Esperança que se atreve do inusitado.

De cor escarlate e motivo de felicidade...

Olhos que se manifestam na escuridão.

Visível agonia, alvo de poder e verdade...

Passageiro constante da força e paixão.

Altivo o sensato, um impetuoso artista...

E com as mãos pincela a arte da vida.

Quadro revelado com ternura egoísta...

De quem se contorce da sorte bandida.

Postergado momento, uma beleza real...

Inexplicável a aparição, magia e labor.

Inconsequente o demente e, anormal...

Mas, que resplandece a face no calor.

Pirapora/MG, 09 de junho de 2009.