RATOEIRA
Estava num canto calada sem saber o que fazer,
se ia em frente do plano traçado ou desistia ali,
conflitante desejo sujo e ao mesmo tempo envolvente,
à espera daquele marujo barbudo e atraente.
Por mares viajou sua imaginação tramando amores,
escrevia contos como ninguém e agora ela era a personagem,
mas o destino apronta e nem nos deve favores,
o marujo veio, amou, iludiu e seguiu a viagem.