Reconhecer-te
Era noite e eu nem te esperava,
Que reconhecerias a mim à luz da lua,
Inesperadamente eu te fitava,
Indubitavelmente eu quis ser tua.
Quero você em teu doce abraço,
Acalantando-me na paz de que mereço,
Querendo te embalar de tudo eu faço,
Para me entregar na fúria de teus beijos.
Não sei dizer se amanhã nossas mãos se encontram,
Mas estendidas as minhas sempre estarão,
Que nos precisemos como corações que se montam,
E nos entreguemos enfim sem condição.
Outras luas dessas quem sabe virão,
E de novo o tempo vai voar,
Correndo em delírios de desejo e paixão,
Dos nossos ponteiros a se encontrar.
E de novo vamos nos reconhecer,
Em todo tempo quem nossas bocas falam,
Dos desejos de nos merecer-nos,
Enquanto nossos beijos nos calam.