NASCIMENTO

Nasce a esperança,

ao ouvir-te a voz,

o vagido frágil.

o choro de todos nós.

Nasce a estrela,

ao ver a própria luz,

o clarão quase fraco,

do chão que nos conduz.

Nasce o homem,

ao nascer o sonho,

ao morrer, permanece

ainda o olhar tristonho.

Nasce o silêncio,

ao recordar do ruído,

sente-se o grande vazio,

ao redor do ouvido.

Nasce a esperança,

à primeira luz do olhar,

e o aprendizado necessário

faz-se presente acolá.

2.004