Deixem dizer...
Ouvi falar de ti coisas estranhas,
o que talvez não sejas,
ou o que não te acompanha.
Ouvi dizer de ti blasfêmias tantas,
loucas frases perdidas por loucas gargantas,
despautérios mil, coisas sem monta,
discurso impróprio, falácia, infâmias.
Quando de novo ouvir meu coração
o que de ti palavras falsearem aos meus ouvidos,
dar-me-ei por sono insones castigos
e inda o que eu ouvir não dirá minha boca.
Falam de nós coisas diferentes
porque eu te amo tão infrenemente
que até quando findo tudo, tudo recomeça
e nada do que dizem vinga
e nada do que dizem presta.