Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive ):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicíus de Moraes.

Este também dedico à uma pessoa muito especial em minha vida.

Gibbcis
Enviado por Gibbcis em 06/06/2009
Reeditado em 10/08/2009
Código do texto: T1635498
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