FEITIÇO DE AMOR
NALDOVELHO
É quando sem pedir licença
invades meu quarto
e o toma de assalto,
como se fosse uma tigresa,
para depois, silenciosamente,
escravizar meu ser.
É quando ficas, assim,
em minhas entranhas,
como quem quer revelar segredos,
mistérios, feitiços...
E aí, eu me vejo envolvido de um jeito,
que não dá mais pra ser desfeito
e nem adianta reclamar.
E quando é noite de inverno
és tu, lua em quarto crescente
que queima como aguardente,
e não dá para esquecer teu olhar.
Se amanhece e chove tão frio,
se a música provoca a poesia,
teu colo, teu cheiro, teu desejo,
coisa difícil de desentranhar.
NALDOVELHO
É quando sem pedir licença
invades meu quarto
e o toma de assalto,
como se fosse uma tigresa,
para depois, silenciosamente,
escravizar meu ser.
É quando ficas, assim,
em minhas entranhas,
como quem quer revelar segredos,
mistérios, feitiços...
E aí, eu me vejo envolvido de um jeito,
que não dá mais pra ser desfeito
e nem adianta reclamar.
E quando é noite de inverno
és tu, lua em quarto crescente
que queima como aguardente,
e não dá para esquecer teu olhar.
Se amanhece e chove tão frio,
se a música provoca a poesia,
teu colo, teu cheiro, teu desejo,
coisa difícil de desentranhar.