“Doze-braças” de ternura
Vizinham com o par de esporas
Pendurados sem lonjura
Nos pregos velhos das horas.

São dois pedaços apenas
De lembrança ali guardados
São elos com lindas cenas
De futuros já passados.

Mas como a vida é assim
Dinâmica água corrente
Surgira outro jardim
De alguma nova semente.

Resta aguardar mais porvires
E mais coisas pra guardar
Talvez um prato ou um pires
Quando a louça demudar

Pois o certo é que virá
A hora tão esperada
O dia em que se terá
Toda matéria guardada.



“Doze-Braças”: O laço, com comprimento de doze braças


 
Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 05/06/2009
Reeditado em 18/12/2011
Código do texto: T1632749
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