IMPÉRIO DO GOZO
Entre gemidos e mordidas
Nem um pouco inibidos,
Vão nossos urros, uivos,
E as bandidas lambidas...
Entradas, saídas, paradas,
Nas investidas, metidas, safadas!
Passeiam prazer e o gozo fogoso
Num trajeto intenso e gostoso
Onde a pele, as células, a epiderme,
Em brasa se rendem inermes,
Se roçam, esfregam, entregues...
Ardem e vibram... Persegues?!
Ah, estremecem e enlouquecem,
Seus corpos se aquecem
Tendo as pernas, o ventre e as coxas,
Perdidos entre afagos e manchas roxas
Somos assim, alucinantes parceiros
De fortes corpos aventureiros.
O personagem mais louco,
Que grita, geme e murmura, não pouco,
Sussurra, num frenesi que a tudo encanta,
O amor sedução que no mundo implanta
Enquanto os corpos se abrem em leques,
Rendidos a todos os delírios moleques!
E no rebolar, embolando e soltando,
Devagar as babas escorregadias deslizam,
Exaustos, cansados, repousam,
Da incontrolável excitação até a exaustão,
Mas de êxtase se vestem e repetem a emoção,
Feito bica que se fecha e abre, seguem amando!
Dueto: Nice Aranha & Hildebrando Menezes