Cavalgada rumo à amada
Montado no cavalo da noite
Dou trotes entre rastros da lua
Que se esparramam pelas ruas
De encontro à madrugada escura
Meu corpo está firme e esguio
Até a cela pouco sacode a galope
Apesar do ranger de dentes pelo frio
Abro valas em meus sentidos
Na quietude de um solene silêncio
Nada sendo despertado ou ouvido
Tudo adormecido, sem lembranças
Leve, tênue, nem pesa na balança
Procuro imagens ocultas
Que recheiem a moldura
Só vislumbro o orvalho
Que repousa na relva
Uma pergunta não cala e inquieta
Será este o meu destino nessa selva?
Quero apenas apear do meu cavalo
Já venci todas as encruzilhadas...
Para adormecer nos braços da amada.
Dueto: Roberta Teperino e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado in “Amores Etéreos” p. 36