Lágrimas e guerra
Há uma guerra sendo travada
aqui nesse espaço.
Há muitos feridos, talvez alguns
jazem mortos.
Almas foram despedaçadas,
corações dilacerados,
lágrimas derramadas
de olhos expressivos.
Sangue foi deixado pelo
chão enquanto punhais
foram cravados, lâminas afiadas.
Há uma guerra de nervos
e sentidos.
Há um general encerrado
em sua muralha enquanto
soldados lutam e morrem.
Não há sol no dia claro
e luminoso, pois almas
foram desfeitas e corpos
espalhados inertes pelos campos.
Bombas foram detonadas,
mas o general se cala.
Um país está sendo invadido
e as armas apontadas
para o peito denotam o extermínio.
Não há resistências,
não há lugar para onde fugir.
Há alguém para contar,
escrever a história.
Talvez seja eu.
Mas eu não me vejo com vida.
Meu peito sangra e
mancha a roupa da batalha.